Matéria Publicada no Jornal O Liberal, página contexto: www.oliberalnet.com.br
Americana, terça feira, 10 de novembro de 2009
Em Todo Estado de São Paulo, a segurança pública inspira preocupações. Os últimos índices divulgados, apesar da tentativa de maquiagem por parte do governo do Estado ao interpretá-los, mostram que houve verdadeiras “explosões” nos números do crime. E o problema está pulverizado em muitas regiões, inclusive nas cidades do interior que já foram tidas por tranqüilas, mas hoje amargam muitos assaltos, roubos e mortes. A sociedade está vulnerável, esse é um fato. E o interior, pulverizado por presídios desde a implosão do Carandiru, é a bola da vez.
Um dos crimes que tem tirado o sono dos moradores da região é a chamada “saidinha de banco”. O cliente vai até uma agência e, monitorado por criminosos, acaba assaltado ao sair, perdendo todo o dinheiro que sacou, quando não sendo agredido. O fenômeno acontece em todas as cidades da RPT (Região do Pólo Têxtil), como se pode observar nas páginas policiais. E sem que haja qualquer tipo de reação eficiente por parte do poder público.
Pois notícia esta edição do Liberal que Santa Bárbara d’Oeste toma uma iniciativa no sentido de proteger clientes de bancos através de lei municipal. Trata-se de regras simples, uma no sentido de proteger visualmente o usuário nos caixas eletrônicos (para dificultar que possíveis informantes de criminosos saibam quem sai com dinheiro da agência) e outra na instalação de câmeras para gravar pessoas dentro e fora dos bancos (para monitorar possíveis suspeitos). Em Sorocaba, iniciativa semelhante fez despencar esse tipo de crime.
Sim, é louvável que as cidades se preocupem com a segurança, mas, mesmo que com a melhor das intenções, essa obrigação é do Estado e é dele que deveriam partir ações concretas no sentido de diminuir os índices de violência. Um exemplo: hoje, seria impensável imaginar a segurança da região sem as Guardas Municipais, e mesmo assim a população se sente acuada pelos bandidos. Imagine se a Constituição fosse cumprida à risca, ficando unicamente para o governo estadual tal tarefa?
Santa Bárbara dá um exemplo de iniciativa própria para diminuir um dos crimes mais praticados por aqui, o que é louvável. Mas, mais que isso, é preciso que o governador e sua equipe olhem para a violência não mais querendo achar interpretações otimistas. O crime cresceu e é preciso atacá-lo, não esconder.
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Postado por GCM Guilherme no Guarda Civil de Santa Bárbara d'Oeste em 11/10/2009 04:07:00 PM
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