sábado, 12 de dezembro de 2009

Manifestação pelo clima reúne ao menos 30 mil pessoas nas ruas de Copenhague

aquecimento global

COPENHAGUE - Cerca de 30 mil manifestantes estão reunidos neste sábado em Copenhague, na Dinamarca, para pedir um acordo ambicioso para conter o aquecimento global. A estimativa é da polícia local. A rede de televisão dinamarquesa TV2 News fala em entre "30 mil e 100 mil manifestantes".

AFP

Manifestantes vestidos de preto atacam vitrines

Manifestantes vestidos de preto quebram vitrines

Segundo informações da AFP, um grupo de quase 300 pessoas vestidas de preto atacou vitrines no centro da cidade. Este seria o primeiro incidente violento do protesto. O fato foi registrado menos de meia hora após a saída da manifestação, que é acompanhada por dezenas de câmeras instaladas no percurso.

"Os jovens estavam com foices e martelos. Eles também lançaram latinhas de gás", contou o jornalista da AFP. Quase 50 policiais antimotins estão diante deles, mas não reagiram.

Os ativistas fazem uma caminhada de cerca de 6km, do centro da cidade ao Bella Center, onde é a sede do evento. Eles pedem um acordo justo na Conferência sobre o Clima de Copenhague, que espera ao longo do dia milhares de manifestantes.

Semana decisiva

Ministros de Meio Ambiente de todo o mundo estão chegando neste sábado à conferência e terão alguns dias para trabalhar num acordo, antes que mais de 100 chefes de Estado e governo cheguem à capital dinamarquesa, o que deve ocorrer no final da próxima semana.

Por enquanto, as promessas de redução de gases de efeito estufa estão muito abaixo do que os cientistas dizem ser necessário para evitar que as temperaturas subam para níveis potencialmente catastróficos.

Um acordo preliminar foi apresentado na sexta-feira, mas ele não traz números específicos sobre o financiamento, diz apenas que todos os países juntos devem reduzir as emissões entre 50% e 95% até 2050, e que países ricos devem diminuir as emissões entre 25% e 40% até 2020, tomando como base, em ambos os casos, os níveis de 1990. O rascunho deixa em aberto a forma de acordo, que poderia vir sob a forma de um documento legal ou de uma declaração política.

Reuters

Pelo menos 30 mil pessoas seguem em marcha pelo clima

Pelo menos 30 mil pessoas seguem em marcha pelo clima

Ian Fry, representante da pequena ilha de Tuvalu, localizada no Oceano Pacífico, fez um apelo emocionado em favor de um formato mais forte, que legalmente obrigue todos os países a se comprometerem com o controle das emissões.

Ele pediu ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que aproveite o Prêmio Nobel da Paz recebido esta semana e assuma a luta contra a mudança climática, que chamou de "a maior ameaça para a humanidade".

Todd Stern, enviado especial dos EUA para a conferência, disse que o texto do acordo apresentado ontem é "construtivo", mas destacou que a seção sobre a ajuda aos países pobres é "desequilibrada". Ele disse que as exigências sobre os países industrializados são mais rígidas do que as dos países em desenvolvimento e que a seção "não é base para negociações".

Avanço pequeno
Grupos ambientais saudaram o texto como um avanço, mas lamentaram a falta do que consideram elementos essenciais. O acordo preliminar, elaborado por Michael Zammit Cutajar, de Malta, afirma que as emissões globais de gases de efeito estufa devem atingir um pico "assim que possível", mas não chega a citar um ano como meta.

O texto pede novo financiamento nos próximos três anos dos países ricos para que os mais pobres se adaptem à mudança climática, mas não menciona números. Além disso, o texto não traz propostas específicas sobre a ajuda no longo prazo.

Reuters

Manifestantes vestidos de panda

Manifestantes se vestem de panda e marcham até a ONU

(*com informações das agências AFP e Estado)

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