A Prefeitura destinou, até novembro, R$ 15,7 mil, o equivalente a R$ 45 por dia, para cobrir as despesas da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil de São Paulo. O órgão é responsável pelo planejamento de ações preventivas e de auxílio a vítimas de desastres, como deslizamentos de terra que, só neste mês, deixaram cinco mortos na capital. Embora as 31 Subprefeituras mantenham equipes de Defesa Civil, decreto do prefeito Gilberto Kassab estabelece que cabe ao comando central investir, por exemplo, em treinamento e campanhas educativas.
O orçamento da Defesa Civil cai desde 2006. Neste ano, a previsão de repasse à coordenadoria era de R$ 264,2 mil, mas apenas 6,4% haviam sido liberados. Em 2008, foram gastos R$ 88,5 mil dos R$ 275,1 mil orçados (36,2%). A Secretaria de Segurança Urbana não explicou por que somente uma pequena parte do orçado foi utilizado nos 11 primeiros meses e justificou a quantia afirmando que “cabe a cada subprefeitura a aplicação de recursos próprios na Distrital da Defesa Civil.”
‘Investimento é maior’
A pasta diz que o investimento é maior. Cita como prova gastos de R$ 600 mil na compra de três unidades móveis, que foram entregues em 10 de setembro, dois dias após a enchente que alagou a Marginal do Tietê e resultou na morte de duas crianças na zona leste.
Mesmo com os novos veículos, um dos principais problemas enfrentados pela Defesa Civil é a ausência de viaturas em algumas unidades instaladas nas subprefeituras. A frota é de 48 veículos, dos quais dez estão lotados na coordenadoria, na região central, e algumas unidades possuem mais de um veículo, como a de Jaçanã/Tucuruvi, que possui três. Portanto, há unidades que não possuem veículos próprios e precisam compartilhar o uso com outros serviços das subprefeituras, como acontece em Capela do Socorro, na zona sul.
Outro problema é o baixo efetivo. A Defesa Civil possui cerca de 350 agentes que têm, entre outras tarefas, monitorar ao menos 562 áreas com risco de deslizamentos. Na Vila Prudente/Sapopemba, há somente um funcionário para cuidar de 19 áreas de risco, das quais 15 apresentam risco “alto e muito alto”.
fonte: http://www.jt.com.br/editorias/2009/12/11/ger-1.94.4.20091211.5.1.xml
Enviado por: CD Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário