A Secretaria da Segurança de São Paulo afirmou nesta quarta-feira, através de nota, que "estranha" que o relatório da ONG Human Right Watch não tenha "sido capaz de constatar que a letalidade policial em São Paulo caiu cerca de 50% de 2003 para cá". Segundo o informe da secretaria, em 2003, 791 civis foram mortos em confronto com policiais. Desde 2007, o Estado registra, em média, 400 resistências seguidas de morte por ano.
Um relatório divulgado nesta terça-feira pela organização de defesa dos direitos humanos revela que, em 2008, as polícias do Rio e de São Paulo mataram juntas 1.534 pessoas, número maior que o registrado em toda a África do Sul, país com taxa de homicídios mais alta que a dos dois Estados brasileiros.
O relatório Força Letal: Violência Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo afirma que parte "substancial" dos mais de 11 mil casos de resistência seguida de morte registrados nos Estados do Rio e de São Paulo desde 2003 podem ter sido, na verdade, execuções extrajudiciais.
No entanto, segundo nota da secretaria, "o Estado de São Paulo trabalha firmemente para a redução da letalidade policial, adotando uma série de políticas de controle e orientação dos policiais, que têm apresentado resultado positivo".
A nota também diz "estranhar" que a organização compare dados criminais de Estados como Rio de Janeiro e São Paulo. "A população paulista é de 41 milhões de habitantes, a taxa de homicídios do Estado recuou 70% nos últimos 10 anos para uma taxa de 10,8 mortes intencionais por grupo de 100 mil habitantes/ano, uma das menores do país", afirma.
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