Enviado por Aurílio Nascimento -
Em um novo texto, o comissário de Polícia Civil Aurílio Nascimento critica a atuação da ONG Human Rights Watch, que divulgou relatório denunciando a violência policial no Rio e em São Paulo. "Cinismo. Este é o único adjetivo que encontro para classificar a denúncia da misteriosa ONG internacional Human Rights Watch, a qual se intitula defensora dos direitos humanos no mundo, e escolheu as polícias do Brasil para saco de pancadas, alavancando interesses até hoje desconhecidos", escreve Nascimento.
A Moça de Branco
Cinismo. Este é o único adjetivo que encontro para classificar a denúncia da misteriosa ONG internacional Human Rights Watch, a qual se intitula defensora dos direitos humanos no mundo, e escolheu as polícias do Brasil para saco de pancadas, alavancando interesses até hoje desconhecidos.
A última façanha desta quase secreta organização, a qual não se sabe ao certo quem financia e quais são os seus verdadeiros objetivos, foi afirmar que a “a polícia brasileira tem gatilho fácil” e, apenas no Rio de Janeiro, teria sido responsável pelo assassinato de 561 pessoas no ano passado. Não houve uma única palavra sobre a covarde morte dos policiais.
Perceberam a malícia, o engodo? Utilizando um jogo de palavras, a misteriosa ONG — cujos pesquisadores e integrantes vivem muito bem, obrigado — os falantes e educados senhores da Human Rights Watch tentam fazer ver à sociedade brasileira e mundial que os policiais brasileiros, especialmente os do Rio de Janeiro, são na verdade potenciais assassinos, que não titubeiam em matar quem quer que seja. Que intenção se esconde por trás desta mentira?
Malandramente, os bem pagos pesquisadores da estranha ONG escondem que, do total de mortes atribuídas à policia, a grande maioria era de marginais, os quais fizeram péssima escolha ao se defrontarem com os agentes da lei: dispararam tiros de armas fabricadas em países do primeiro mundo, e até aqui contrabandeadas, sem que a moça de branco, ou seja, a Human Rights Watch, cobre dos governos e seus ricos empresários quaisquer responsabilidades pelo desvio.
Como filho sem pai qualquer um pode dar um cascudo, a moça de branco, ou seja, a Human Rights Watch, não perdeu a oportunidade, e também reclamou dos “crimes cometidos durante a ditadura militar, 1964-1985, no Brasil”, os quais de acordo com os sem-pecados que habitam seus luxuosos e refrigerados escritórios, devem ser esclarecidos. Nada falou sobre os crimes cometidos pelo outro lado, ou seja, os que pretendiam instituir uma ditadura de esquerda, a qualquer custo, matando, explodindo, sequestrando.
Se a moça de branco tivesse realmente boas intenções, retrocederia um pouco mais no tempo, e poderia cobrar das grandes potencias colonizadoras do século passado, todo o roubo praticado, toda a miséria deixada para trás. Nada disse, e nem vai dizer.
A moça de branco, ou seja, a Human Rights Watch, posso garantir, não é virgem. Talvez vários dos seus cultos pesquisadores sejam descendentes dos piratas que aterrorizavam os mares do Caribe; talvez muitos dos seus integrantes degustaram caviar as custas do sangue de pobres infelizes; talvez sejam beneficiários de heranças adquiridas pelas armas.
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Retirado de: http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/nascimento/
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