sábado, 20 de março de 2010

Guarda Municipal participa de curso para enfrentar cotidiano

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Cerca de 90 guardas municipais participaram, na manhã desta sexta-feira (19), do seminário de abertura do curso de Prevenção à Violência e Promoção da Cultura de Paz nas Relações Étnico-Raciais, promovido pela Superintendência de Políticas para Mulheres (SPM), em parceria com a Superintendência de Segurança Urbana e Prevenção à Violência (Susprev). O seminário foi realizado no auditório da Faculdade D. Pedro II, no Comércio.

O curso, que se estende até o mês de dezembro, com ciclos mensais de palestras, tem como objetivo fomentar entre os GM a discussão das diversas formas de violência e cidadania, interferindo nas reflexões da prática profissional e fortalecendo a participação cidadã para inclusão social e enfrentamento das desigualdades.

Na abertura do evento, a gerente de Desenvolvimento da Susprev, Olívia Ribeiro, agradeceu a iniciativa e o apoio da SPM, através da Gerente de Políticas Temáticas, Eliane Boa Morte, e destacou a importância da parceria firmada, pois as questões tratadas contemplam os dilemas cotidianos enfrentados pelos guardas municipais, enquanto agentes de segurança, na luta contra o preconceito e as desigualdades na sociedade. De acordo com Olívia, esse é um trabalho de desconstrução de paradigmas, pois muita coisa pode ser mudada, se aqueles que lidam com o público tiverem um olhar sensível e diferenciado em determinadas situações. “No exercício de suas atividades, o GM se defronta com muitos dos problemas sociais que atingem e afligem a cidade”, afirmou.

O seminário teve como palestrante a professora e integrante do Fundo Municipal para Desenvolvimento e Inclusão Educacional para Mulheres Afro Descendentes, vinculado à Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult), Marta Alencar. A professora ponderou as discussões, ao fazer uma visão panorâmica sobre os bairros e comunidades da capital, destacando os problemas sociais reproduzidos nas orientações machistas e preconceituosas, passados de geração em geração. “A sociedade tem que desobstruir os mecanismos que acionam e referenciam quando expressam relações de preconceitos implantadas na memória”, afirmou.

O curso está dividido em três turmas de 30, com o estudo de três módulos: o primeiro trata da postura do servidor e relações de gênero; o segundo, das relações étnico-raciais e o racismo e sexismo institucional; e o último, da prevenção à violência contra a mulher e promoção da cultura de paz.

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