Em um dos posts, preso escreveu: 'Vidinha mais ou menos essa minha'.
Agsep informou que fará plano para coibir uso de celular, em Rio Verde.
Detentos da cadeia de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, estão fazendo festa nas celas e divulgando as imagens nas redes sociais por meio de celulares usados dentro do presídio. Fotos de festa de aniversário, de detentos fumando maconha e até posts em tom de zombaria são colocados no Facebook. Em um dos posts, um detento escreve: “Ô vidinha mais ou menos essa minha”.
O Ministério Público acredita que presos de alta periculosidade se mantêm conectados às redes sociais através de celulares. Para isso, segundo o órgão, eles contam com a ajuda de funcionários dos presídios. “Nós temos que concordar que para a entrada desses aparelhos tem que haver conivência, especialmente por parte dos servidores da agência prisional”, explica o promotor Marcelo Henrique Rigueti Raffa.
Um dos presos que cumprem pena na cadeia de Rio Verde é suspeito de matar o policial militar Hypólito Rezende, morto em uma troca de tiros com assaltantes. A viúva dele, a dona de casa Odete de Oliveira, diz que se revolta e tem medo ao imaginar que o assassino de seu marido possa ter acesso a esse tipo de regalia.
“A minha família, como as famílias de outras vítimas, correm risco porque ele, com o celular na mão, acessa a internet e, quando ele quiser mandar alguém aqui fora fazer alguma coisa com a gente, ele pode mandar. Eu tenho certeza que eu estou correndo risco”, lamenta.
Plano emergencialNenhum representante da Agência Goiana de Execução Penal quis gravar entrevista. Em nota, a gerência de comunicação informou que, depois das denúncias feitas pelo Ministério Público, será feito um plano emergencial para diagnosticar os problemas das unidades e em cerca dez dias serão tomadas medidas para resolver a situação.
"Temos todo o mapeamento de quem são os presos que se utilizaram de telefone celular com posts no Facebook e em redes sociais. Assim que o procedimento for concluído, serão tomadas as medidas cabíveis. Dentre elas, a inserção do detento no Regime Disciplinar Diferenciado, que é o conhecido RDD”, cita o promotor.
Fonte: G1
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