terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Guardas que participaram de ação contra skatistas podem ser expulsos


GCMs foram afastados após vídeo mostrar confusão na Praça Roosevelt.
Segundo secretário, guardas sairão se for provada violência desnecessária.


O secretário da Segurança Urbana de São Paulo, Roberto Porto, afirmou em entrevista ao SPTV desta terça-feira (8) que os guardas civis metropolitanos que foram afastados após uma ação contra skatistas na Praça Roosevelt, no Centro, na sexta-feira (4), poderão ser expulsos do órgaõ se ficar provado que eles "usaram de violência desnecessária".
Dois guardas foram afastados nesta segunda (7) após um vídeo mostrando a confusão ser publicado na internet. As imagens mostram um dos guardas fazendo um estrangulamento em um dos jovens. Ele, juntamente com outra oficial, utilizam spray de pimenta para dispersar os skatistas.
Porto afirma que o procedimento adotado vai contra as orientações que estão sendo passadas pela nova gestão aos guardas. Os guardas serão submetidos a inquéritos internos e serão ouvidos pela Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana. A secretaria não passou uma previsão de quando o processo será concluído.
O vídeo que culminou com o afastamento dos policiais foi feito pelo skatista Eduardo Régis, de 22 anos, que também frequenta o local. Ele explica que as abordagens dos guardas aos skatistas tem sido frequentes pelo fato de eles usarem os bancos para a prática do esporte. Foi o que aconteceu na sexta-feira, segundo Régis, quando duas GCMs pediram que jovens que andavam de skates parassem com a atividade sobre os bancos. Elas foram atrás dos skatistas e um outro jovem chegou para conversar, segundo Régis. Um outro GCM, sem uniforme, aproximou-se e imobilizou o jovem. Depois, esse GCM aparece no vídeo insultando o autor do vídeo.
Para o secretário da Segurança Urbana da capital, a violência foi injustificada. "Ainda que o espaço público esteja sendo usado de forma indevida, estamos reparando que há depredação, nada justifica a violência em se tratando de jovens skatistas".
Praça
A Praça Rossevelt, na região central de São Paulo, foi reaberta em setembro do ano passado após uma reforma que durou mais de dois anos e custou R$ 55 milhões. Desde então, passou a ser frequentada por diversos públicos, mas especialmente pelos skatistas.
Não há regras para a atividade, e muretas de jardins, bancos, degraus e corrimãos das escadarias são usados para manobras. Parte desse mobiliário urbano está riscada, quebrada ou com restos de parafina usada para o skate deslizar.
Segundo a Ação Local Roosevelt, um dos núcleos do Movimento Viva o Centro, foram feitas diversas reuniões com representantes da Prefeitura na gestão Gilberto Kassab para que a praça ganhasse regras.

Uma reunião será realizada na tarde desta terça-feira no intento de resolver os problemas de relacionamento na praça e para organizar o uso do espaço público. Deverão participar representantes da GCM, da Subprefeitura da Sé e de associações de skatistas.
A Ação Local Roosevelt afirmou que chegou a um acordo com a Confederação Brasileira de Skatistas para que a atividade seja realizada apenas em uma área da praça mais próxima à Rua da Consolação, onde o barulho não afetaria tanto os moradores vizinhos. A prática seria permitida até as 22h. Outra proposta entregue à Subprefeitura da Sé em novembro foi a criação de uma pista de skate no espaço reservado à prática.
“Sem regras, não houve sinalização após a abertura da praça e ficou difícil a GCM estabelecer condições aos skatistas”, afirmou Jader Nicolau Júnior, presidente da Ação Local Roosevelt. Ele afirma que a consequência disso é a “deterioração dos bancos e outras instalações".

Fonte: G1

2 comentários:

  1. gostaria saber se os orgaos que representa a gcm, esta dando apoio a estes policias, tendo em vista que esta dificil de trabalhar, não somos mais respeitados por ninguem, pricipalmente pela PMSP, antes de verificar o aconteceu e apurar os fatos ja jugaram e condenaram, so viram as imagens e não os motivos que levaram o gcm usar de forca e uso de arma não letal

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    1. Querido amigo nós da Abraguardas, estamos procurando saber a versão dos Guardas e ainda não conseguimos falar pessoalmente como os Guardas envolvidos.

      Estamos também envergonhados com o que está ocorrendo, pois sabemos da injustiça que foi feita com os nossos guardas, e estamos juntando subsídios para uma ação jurídica a respeito do assunto.

      Obrigado pela postagem.

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