Wilson Mendes
08/01/10
Menos de um ano depois de ter se envolvido numa ação polêmica em que prendeu e algemou o radialista, Nelson Durão que fazia um protesto simbólico por causa da falta de coleta de lixo em frente à prefeitura, o coordenador da Guarda Municipal, Leonardo Maia, que segundo fontes da PMT é major da Polícia Militar, outro repúdio chega ao conhecimento da população de Teresópolis. Dessa vez é assinado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da cidade. Segundo a nota de repúdio que tem como título de INSEGURANÇA NA SEGURANÇA, o Sr. Leonardo Maia é acusado de abusos de autoridade, desmandos e assédios morais tudo isso feito de forma cotidiana.
A nota divulgada pelo Sind-PMT vem atender a um grande número de reclamações que pesam sobre o coordenador, que trataria os seus subordinados com atitudes “dignas de feitores de escravos contra os trabalhadores”. Leia a nota na integra:
Segundo alguns servidores que pediram para não ter os seus nomes citados, o Sr. Maia não dá nenhuma importância a qualquer tipo de reivindicação da categoria, mesmo quando os questionamentos são por causa da quentinha que está azeda, ou até sobre o uniforme que está rasgado por não suportar mais remendos. Um dos GMs ouvidos disse que mesmo com o coturno (bota) furado com dois dedos aparecendo ele é obrigado a ficar de serviço e ir a pé até onde o coordenador o coloca. Outra reclamação que há tempos vem sendo divulgada pela Rádio Teresópolis é a de que foi criado na guarda o Serviço Reservado a exemplo do que existe no Exército, Marinha, Aeronáutica e até na própria Polícia Militar. Esse setor conhecido nas corporações como P/2 tem como missão investigar e até prender os militares com desvio de conduta ou que venha a se envolver em crimes. “Se não temos horas extras, as mínimas condições de trabalho porque não podemos, por exemplo, trabalhar em outro serviço nas horas de folga para ganhar algum dinheiro”? Questiona um servidor que vem sendo acompanhado de perto pelos homens do “serviço secreto da GM”, criado pelo servidor comissionado.
Segundo a presidente do sindicato Maria de Lourdes, os guardas estão com medo de receber represálias mais sérias, as quais possam atingir até a integridade física dos servidores. “Não podemos deixar que um oficial de uma instituição tão importante como a Policia Militar instale o terror numa repartição pública, concluiu a sindicalista que junto com o departamento jurídico pretende ingressar na justiça para defender os guardas municipais. A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da PMT que informou desconhecer a Nota, mesmo depois da mesma ser distribuída em toda a cidade.
Recordando o caso Durão
O teresopolitano ficou conhecendo o coordenador da guarda municipal, Major Maia, quando ele usando de suas “atribuições”, exigiu que o radialista Nelson Durão, retirasse da frente da prefeitura dois sacos de lixos, que simbolicamente faziam parte de um protesto por causa do caos da coleta de lixo no município. O radialista foi algemado pelo major com ajuda de mais dois guardas e levado para uma viatura, sendo conduzido para a 110ª DP, onde o delegado de plantão liberou o preso pelo fato do mesmo não ter cometido crime algum. Na ocasião, Durão foi levado para exames de corpo de delito feito pelo médico e vereador Dr. Carlão, desafeto do examinado, o qual constatou lesões nos pulsos do radialista. Por causa dessa ação o major Maia responde a processo na Vara Criminal de Teresópolis por abuso de autoridade e lesões corporais. O major foi procurado por telefone na sede da GM, mas não foi encontrado nem retornou as nossas ligações.
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