sábado, 9 de janeiro de 2010

Guarda Civil Municipal de Vitória faz protesto contra decisão de desarmar os agentes de trânsito da categoria

Os agentes da Guarda Municipal de Vitória cruzaram os braços na manhã desta quinta-feira (7). O protesto é contra a decisão da prefeitura de desarmar os agentes de trânsito da categoria. A paralisação envolve tanto os agentes de trânsito, como os comunitários. Segundo a gerência da Guarda Municipal, apenas três viaturas estão nas ruas de Vitória. Os guardas municipais decidem em assembleia, ainda na manhã desta quinta-feira (7), se farão protesto na cidade.
Nesta quarta-feira (6) o secretário municipal de Segurança Urbana, João José Barbosa Sana, informou que os agentes de trânsito têm funções e características de serviço diferentes dos agentes comunitários, e que arma de fogo não está entre os instrumentos inerentes ao trabalho no trânsito.
"O entendimento da administração é de que o agente de trânsito deve saber se relacionar, deve conhecer muito bem o Código de Trânsito para desempenhar bem as suas funções de orientar, educar e fiscalizar o trânsito, e o uso da arma não faz parte disso", observa João Sana.
Por outro lado, o presidente do Sindicato dos Agentes de Trânsito e Guardas Municipais do Espírito Santo (Sigmates), Eromildo Cruz - que é agente de trânsito -, discorda, e diz que a Guarda Municipal precisa ser tratada de modo igual.
"As discussões de todas as situações deveriam se dar integrando a Guarda. Não dividindo, separando. Quando vão para a corregedoria por algum motivo ou quando a prefeitura recebe recursos do governo federal, todos são guardas. Então, porque não é dado o mesmo tratamento no caso da arma?", questiona o representante da categoria.
No último dia 31, a prefeitura autorizou o porte de arma particular para o agente comunitário de segurança - que já usa arma em serviço. O agente também terá autorização para se manter com a arma da instituição fora de serviço. Essas eram reivindicações antigas dos agentes comunitários. Os agentes de trânsito nunca tiveram autorização para usarem armas, mas reivindicam o direito ao uso da mesma forma dos agentes comunitários.
Por conta dessa diferença, e reivindicando outras questões referentes a remuneração, os agentes optaram pela greve por tempo indeterminado.
O secretário disse que está mobilizando as chefias e gerências da Guarda para conversarem com os agentes para tentar convencê-los a mudar de ideia. Ontem a tarde, Sana esteve na secretaria, inclusive atendeu pessoalmente o telefone fixo do gabinete, mas disse que não foi procurado pelos representantes dos agentes para tratar do assunto.
Prefeitura pede reforço na segurança
A prefeitura pediu apoio da Secretaria Estadual de Segurança e ao 1º Batalhão da PM para o reforço na segurança da capital, na ausência dos Guardas Municipais. O secretário de Segurança Urbana, João Sana, disse que respeita o direito de os agentes reivindicarem direitos, mas considera a greve inoportuna. "Temos Cruzeiro chegando amanhã (hoje) a Vitória e uma série de eventos na cidade, e estamos trabalhando para que a população permaneça em segurança, e pedimos apoio às instituições". (Com informações de Geraldo Nascimento, do Jornal A Gazeta)
fonte: Gazeta Online
--
Postado por GCM Guilherme no Blog do GCM Guilherme em 1/07/2010 11:34:00 AM

Nenhum comentário:

Postar um comentário