Repórter, à direita, que estaria sofrendo pressão de policial a paisana para que pare de fotografar
Foto: Elênio Nascimento
Foto: Elênio Nascimento
“Se você publicar essa foto é a última ocorrência que você cobre”. Com essas palavras um policial militar que não se identificou ameaçou de morte no dia 22 passado o jornalista Eliênio Nascimento por ter fotografado a tortura, humilhação e violação dos direitos humanos a que estava sendo submetido um homem preso por policiais militares fardados e em trajes civis – após um assalto em Porto Velho.
Vários colegas do policial militar avançaram na direção do repórter com a evidente intenção de tomar a câmera fotográfica do jornalista, fato registrado pelo repórter fotográfico Roni Carvalho do jornal Diário da Amazônia. Não intimidado Eliênio continuou fotografando a cena.
Os policiais tentavam fazer um cerco para que nada pudesse ser registrado. A cena poderia ter sido filmada, pois cinegrafistas de todos os programas policiais de televisão de Porto Velho estavam presentes, mas as câmeras foram desligadas a pedidos dos pms.
A foto que o PM queria proibir foi publicada no dia seguinte com destaque na primeira página de “O Estadão do Norte” – desta Capital – onde Eliênio Nascimento trabalha e é a que esta postada acima desta matéria, neste site, do qual o jornalista é colaborador.
A imagem mostra um homem preso pela polícia e jogado ao chão, com parte do corpo sob um carro da Polícia Militar. Um homem a paisana – ainda não se sabe se um policial civil ou um PM disfarçado, ou mesmo um civil – pisa no pescoço do preso, no mínimo dificultando sua respiração.
É um ato público de tortura, de violação da dignidade humana do preso, praticado sob a complacência de policiais militares fardados e outros cidadãos que parecem justificar e estimular a degradação de um cidadão – ainda que acusado de um crime.
Eliênio Nascimento foi ameaçado de morte por seu exercício profissional três ou quatro dias depois de receber o Prêmio Sinjor de Jornalismo 2009 na categoria Fotojornalismo, a mais importante honraria do jornalismo rondoniense, concedida anualmente pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Rondônia (Sinjor) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
A foto que deu a Eliênio Nascimento o Prêmio Sinjor de Jornalismo de 2009 mostra precisamente a violência de um punhado de fortemente armados soldados da tropa de choque da Polícia Militar de Rondônia encurralando um indefeso e desarmado mototaxista, com as mãos para cima em sinal de total rendição.
A nova cena de violência contra um preso e a ameaça ao jornalista ocorreram no mesmo dia em que a organização internacional de monitoramento de violações aos direitos humanos divulgava seu relatório anual, citando Rondônia por duas vezes em seu capítulo dedicado ao Brasil.
O relatório diz que em Rondônia há violência policial, trabalho forçado, conflitos agrários e ameaças à militantes de direitos humanos.
No subitem concernente às “Condições de Detenção, Tortura, Maus-Tratos”, Rondônia aparece como um dos seis estados brasileiros em que foram documentados sinais de tortura em apenados conforme dados da Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Carcerário.
Ao final, o relatório afirma que mais de cem detentos foram assassinados dentro do presídio Urso Brancos desde 2002 quando da primeira recomendação da Corte Interamericana de Direitos Humanos para que o Brasil protegesse a população carcerária.(Fonte: Imagem News)
Vários colegas do policial militar avançaram na direção do repórter com a evidente intenção de tomar a câmera fotográfica do jornalista, fato registrado pelo repórter fotográfico Roni Carvalho do jornal Diário da Amazônia. Não intimidado Eliênio continuou fotografando a cena.
Os policiais tentavam fazer um cerco para que nada pudesse ser registrado. A cena poderia ter sido filmada, pois cinegrafistas de todos os programas policiais de televisão de Porto Velho estavam presentes, mas as câmeras foram desligadas a pedidos dos pms.
A foto que o PM queria proibir foi publicada no dia seguinte com destaque na primeira página de “O Estadão do Norte” – desta Capital – onde Eliênio Nascimento trabalha e é a que esta postada acima desta matéria, neste site, do qual o jornalista é colaborador.
A imagem mostra um homem preso pela polícia e jogado ao chão, com parte do corpo sob um carro da Polícia Militar. Um homem a paisana – ainda não se sabe se um policial civil ou um PM disfarçado, ou mesmo um civil – pisa no pescoço do preso, no mínimo dificultando sua respiração.
É um ato público de tortura, de violação da dignidade humana do preso, praticado sob a complacência de policiais militares fardados e outros cidadãos que parecem justificar e estimular a degradação de um cidadão – ainda que acusado de um crime.
Eliênio Nascimento foi ameaçado de morte por seu exercício profissional três ou quatro dias depois de receber o Prêmio Sinjor de Jornalismo 2009 na categoria Fotojornalismo, a mais importante honraria do jornalismo rondoniense, concedida anualmente pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Rondônia (Sinjor) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
A foto que deu a Eliênio Nascimento o Prêmio Sinjor de Jornalismo de 2009 mostra precisamente a violência de um punhado de fortemente armados soldados da tropa de choque da Polícia Militar de Rondônia encurralando um indefeso e desarmado mototaxista, com as mãos para cima em sinal de total rendição.
A nova cena de violência contra um preso e a ameaça ao jornalista ocorreram no mesmo dia em que a organização internacional de monitoramento de violações aos direitos humanos divulgava seu relatório anual, citando Rondônia por duas vezes em seu capítulo dedicado ao Brasil.
O relatório diz que em Rondônia há violência policial, trabalho forçado, conflitos agrários e ameaças à militantes de direitos humanos.
No subitem concernente às “Condições de Detenção, Tortura, Maus-Tratos”, Rondônia aparece como um dos seis estados brasileiros em que foram documentados sinais de tortura em apenados conforme dados da Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Carcerário.
Ao final, o relatório afirma que mais de cem detentos foram assassinados dentro do presídio Urso Brancos desde 2002 quando da primeira recomendação da Corte Interamericana de Direitos Humanos para que o Brasil protegesse a população carcerária.(Fonte: Imagem News)
Fonte: Da Redação - (ME) - (http://www.capitalnews.com.br/)
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