POR FERNANDO MOLICA
Rio - Responsável por algumas das ações de maior impacto do primeiro ano do prefeito Eduardo Paes, o secretário da Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, revela que o Choque de Ordem não vai parar quando, em abril, deixar o governo para se candidatar a deputado federal. “O Choque é uma política do governo”, diz. Segundo ele, medidas como demolição de imóveis ilegais e restrições aos ambulantes são aprovadas até mesmo pelos mais pobres. “As pessoas ligam e reclamam que não há ações em seus bairros”, afirma.
— Alguns dizem que o Choque de Ordem é autoritário e atinge os mais pobres. O que sr. acha disso?
—Eu discordo, claro. Os mais pobres são mais afetados pela desordem urbana que os ricos. A maior demanda pelas ações vem dos subúrbios. Veja o caso dos camelôs: falava-se que, no Rio, havia 50 mil ambulantes. Mas apenas 22 mil foram se cadastrar para ter direito às 18.400 vagas. Eles serão atendidos de acordo com a lei. Os prejudicados serão aqueles empresários do asfalto que tinham cinco ou seis barracas.
—Que medidas serão implantadas em 2010?
—Parte dos R$ 34 milhões que virão do Ministério da Justiça será aplicada na instalação de 400 câmeras, que também serão usadas pela Secretaria de Segurança. Vamos melhorar as inspetorias da Guarda Municipal, que receberão imagens de suas áreas e poderão saber onde está cada um de seus guardas, que têm rádios com GPS.
—Como ficou o caso dos barraqueiros de praia que ficaram fora de seus pontos?
— Havia 22 barraqueiros nessa situação. Conversamos com eles e conseguimos realocá-los em áreas mais próximas de seus locais originais.
Retirado de:
Nenhum comentário:
Postar um comentário