quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Seminário promovido pelo Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê propõe a criação da Guarda Ambiental

ARUJÁ APRESENTOU MAIS DE 40 PROPOSTAS PARA INTEGRAR PROTOCOLO EM DEFESA DO RIO TIETÊ

Foi realizado ontem, 27, em Arujá o quarto seminário promovido pelo Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê - Cabeceiras para elaboração do protocolo em defesa do Rio Tietê. O encontro reuniu representantes de nove municípios da região para discutir ações de defesa do Rio.

Os representantes da Prefeitura de Arujá, através da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente, apresentaram propostas baseadas na realidade do município que farão parte de um Protocolo em Defesa da Recuperação da Qualidade Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê - Cabeceiras. O seminário que debateu oito eixos temáticos relacionados ao tema, aconteceu no salão da Secretaria Municipal de Educação, no Jardim Fazenda Rincão. Mais de 40 propostas foram sugeridas pelos presentes e serão integradas ao protocolo como colaboração do município de Arujá.

O encontro teve início com a apresentação do protocolo na visão do Comitê da Bacia. Em seguida o engenheiro florestal do Instituto Ecofuturo, Paulo Groke, apresentou a história da humanidade através da palestra "Evolução e Sustentabilidade".

Segundo Paulo, o homem precisa se conscientizar sobre as consequências de suas ações no meio ambiente. "Nunca uma espécie atrapalhou tanto o planeta. Se a humanidade deixar de existir o planeta continua a sua história e talvez dali a alguns milhões de anos novas espécies surgirão e dominarão o mundo. Então, o planeta não está nem aí para o homem. Nós é que temos que nos preocupar em preservar o planeta e a nossa espécie", disse.

Para ele, atitudes de respeito e preservação do meio ambiente são urgentes. "Ou nós damos um jeito no planeta ou não vai haver planeta para as futuras gerações", alertou.

Na segunda palestra do evento, a Diretora de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Arujá, Paulina Ribeiro, falou sobre "Sustentabilidade e Responsabilidade". Para ela, cada pessoa deve se engajar nessa ação seguindo os pilares de sustentabilidade que são: desenvolvimentos econômico, ambiental, social, cultural e ongs. "Precisamos pensar no futuro, preservar a água e a energia, reciclar o lixo, selecionar nossos fornecedores e combater os predadores. Entre tantos iguais, tenha uma atitude diferente", recomendou.

A diretora de Meio Ambiente, Ionara Fernandes, apresentou os oito eixos que foram propostos para serem debatidos durante o encontro em relação à realidade de Arujá.

Ionara explicou que dois oito eixos propostos, dois - Agricultura e Manejo dos Agrotóxicos e Monitoramento, Avaliação e Gerenciamento de Informações Integradas - não seriam discutidos em Arujá. "Esse primeiro eixo não condiz com a nossa realidade já que temos um percentual muito pequeno de agricultores na cidade e esses profissionais se concentram mais próximos à bacia do Paraíba. Já o segundo eixo acreditamos que deve ser discutido num segundo momento a partir do resultado dos seminários", afirmou.

Os outros seis eixos temáticos debatidos no encontro foram: Saneamento e Gestão Ambiental; Controle, Prevenção e Fiscalização Ambiental; Educação Ambiental, Desenvolvimento de Capacidades Humanas e Comunicação; Manejo e Conservação dos Recursos Naturais; Moradia Adequada; Ordenamento Territorial.

O primeiro eixo discutido (Saneamento Ambiental) foi apresentado pelo secretário de Planejamento e Meio Ambiente, João Vani Anunciato. Ele destacou que a iniciativa era importante para que Arujá mereça o título de "Cidade Natureza" e falou sobre a situação atual dos dois córregos que cortam a cidade: Baquirivu e Caputera.

Ionara falou sobre o eixo Controle, Prevenção e Fiscalização Ambiental. A diretora afirmou que não existe equipe específica de fiscalização ambiental na cidade. "A fiscalização é de extrema importância para o trabalho de preservação ambiental pois punir significa multa e reversão do dano e quando você mexe no bolso das pessoas elas se conscientizam", disse.

Como propostas para esse eixo foram sugeridas pela diretora e pela equipe do departamento: instalação de sede e aquisição de veículo para o COMDEMA (Conselho Municipal de Meio Ambiente) e instituição de guarda ambiental aproveitando e capacitando parte do efetivo da Guarda Civil Municipal.

O eixo Educação Ambiental foi apresentado pela diretora do Núcleo Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Arujá, Cristiani Freitas. Ela falou sobre o Programa de Educação Ambiental desenvolvido no município no ano passado e que terá continuidade em 2010 e o qual foi, inclusive, premiado com a Palma de Ouro. "O programa foi um grande avanço nessa questão e queremos ampliá-lo, envolvendo todas as pessoas da cidade nas ações de educação ambiental através das escolas, já que através da educação conseguimos mobilizar a comunidade e formar multiplicadores", ressaltou.

Juvenal Fernando Penteado, diretor de Habitação, falou sobre o eixo Moradia Adequada. Explanou sobre a situação atual em Arujá próximo à sub-bacia do Rio Tietê, citando especificamente os bairros Centro Residencial, Limoeiro e Beira-Rio. "Queremos buscar a participação popular nesse assunto para que os munícipes conheçam os problemas da cidade quanto à habitação e entendam ainda o nosso Plano Diretor", afirmou.

Após a explanação sobre cada tema, foram formados seis grupos com a participação do público presente onde os eixos foram debatidos para formação das ações propostas por Arujá. Cada grupo apresentou cerca de oito propostas que serão incluídas no protocolo regional em defesa do rio.

A ideia de elaborar o protocolo partiu do presidente do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê - Cabeceiras (SCBH-ATC) e prefeito de Suzano, Marcelo Candido.

Retirado de:

 http://www.jornaldacidadearuja.com.br/noticias.php?id_noticia=7144&idioma=16

Também foi criada uma rede social na internet com o nome "Protocolo Tietê Cabeceiras" com o seguinte endereço eletrônico: www.protocolotietecabeceiras.ning.com. O espaço busca socializar informações, receber contribuições diversas para os eixos temáticos do protocolo e promover reflexões e interações que facilitem o aprendizado social.

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