Santa Bárbara d’Oeste saiu na frente dos demais municípios da região metropolitana de Campinas, nas ações de combate a um dos crimes que tem se tornado cada vez mais freqüentes na região: as “saidinhas” de banco (roubo a vitimas que deixam agências bancárias). Criar leis específicas para ampliar a segurança nas agências é um assunto que não saiu do âmbito dos debates em outras cidades da região e também na Câmara Federal.
Enquanto os municípios buscam caminhos para frear os índices de criminalidade registrados nas portas dos bancos ou no trajeto entre a agência e casa dos contribuintes, Santa Bárbara transformou em lei a instalação de divisórias que permitam o isolamento visual dos usuários nos caixas de atendimento pessoal ou eletrônico.
Outro mecanismo criado pela cidade sem interferir no aparelho financeiro do Estado é a implantação de câmeras dentro e fora das agências. As instituições financeiras têm prazos que variam 120 a 180 dias para cumprirem as exigências da legislação, sob penas que vão de R$ 5 mil à R$ 10 mil até a suspensão do alvará de funcionamento a partir da sexta reincidência.
AS agências que não instalaram o sistema de monitoramento por câmeras de vídeo em 180 dias a contar de hoje estarão sujeitas à multa de 1.000 Ufesps (unidades fiscais do Estado de São Paulo). O valor correspondente a R$ 15.850. A multa será aplicada em dobro caso a infração continue a ser praticada.
Cúpula
O pioneirismo na criação de medidas que ampliem a segurança dos usuários de bancos e os impactos que os mecanismos representam na prática trouxeram para Santa Bárbara, na manhã de ontem, a cúpula do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região. Membros de quatro municípios (São Pedro, Capivari, Cerquilho e Piracicaba) estiveram na cidade para elogiar tanto o legislativo (onde a iniciativa da implantação das leis surgiu por meio de projetos dos vereadores Edson Carlos Bortolucci Júnior, do PSDB, e Carlos Fontes, do DEM) quanto o Executivo pelo acolhimento das propostas.
“Nós nos sentimos na obrigação de sancionar essas leis que são extremamente modernas, eficientes e inteligentes, que promovem a segurança sem custos para o Estado” disse o prefeito Mario Heins. No entendimento do chefe do Executivo, o investimento que as agências terão de fazer para implantar as câmeras, as divisórias no setor de atendimento eletrônico e na boca do caixa “é uma pequena contrapartida dos bancos para a sociedade que tanto leva lucros para eles (os banqueiros)”.
--
Postado por GCM Guilherme no Guarda Civil de Santa Bárbara d'Oeste em 11/10/2009 02:35:00 PM
Nenhum comentário:
Postar um comentário