quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Curitiba: Guarda Municipal continua em greve

Categoria espera se reunir com autoridades nesta terça-feira para discutir nova proposta de aumento salarial, mas prefeitura não confirmou reunião
Nesta terça-feira (23) a guarda municipal de Curitiba entrou no segundo dia de paralisação, no aguardo de uma nova proposta salarial da Prefeitura da cidade. Os manifestantes esperam uma nova reunião para debater a proposta, mas a assessoria de imprensa da prefeitura ainda não confirmou a reunião, que pode ou não acontecer.
O sindicato da categoria (Sismuc) garante que apenas 70% dos guardas municipais estão em greve. "30% do atendimento está sendo mantido para atender a lei que prevê essa porcentagem de trabalhadores no exercício da atividade", defende a diretora de imprensa e comunicação da Sismuc, Alessandra Claudia de Oliveira. No entanto, a prefeitura discorda e estima que mais de 80% dos guardas municipais não compareceram ao trabalho hoje.
Pela manhã, cerca de mil grevistas se reuniram na praça Tiradentes e ao meio dia chegaram na prefeitura onde permaneceram por toda a tarde. Para chamar a atenção da população e das autoridades eles fizeram bastante barulho utilizando carros de som, buzinas e apitos. A maioria dos manifestantes vestia a camiseta do movimento com a frase "Luto pelos mortos, luta pelos vivos". Ainda havia os guardas que estão acampados há 23 dias na frente da prefeitura e que não pretendem sair até que recebam uma resposta positiva.
O guarda municipal Wilson Luiz da Luz considera o salário muito baixo e espera que se chegue a um acordo nesta quarta-feira. "Mas caso não apresentem uma boa proposta eu e meus colegas de trabalho estamos dispostos a permanecer em greve até que se chegue a um consenso", declara. Uma comitiva de 8 representantes do Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil (PSPB) também veio apoiar a greve.
O aposentado Manuel Rodrigues, que trabalhou 19 anos na guarda municipal, veio de São Paulo, cidade onde mora atualmente, para dar apoio a manifestação. "Sempre participei das greves no período em que trabalhava e com muita dificuldade conseguíamos algumas melhorias. Quando fiquei sabendo da paralisação não pensei duas vezes e vim para cá", conta. Manuel não concorda com o baixo salário da categoria que atualmente recebe um salário de R$ 710 e luta para conseguir R$ 1.300.
Na última sexta-feira (19), a justiça proibiu a greve na Guarda Municipal, sob pena de multa diária de R$ 10 mil ao Sismuc, caso ocorresse a paralisação. O sindicato entrou com recurso, e já está no segundo dia de greve, que não tem previsão para terminar.
Por causa da greve, 16, dos 23 Armazéns da Família, que estavam funcionando estão fechados pela justificativa de falta de segurança. Em média, cada unidade atendia, por dia, cerca de mil famílias.
Reportagem Daiane Rosa
Fotos Lineu Filho
Publicado em JORNALE
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Postado por GCM Guilherme no Blog do GCM Guilherme em 2/23/2010 08:09:00 PM

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