Editorial
A segurança se coloca como uma das principais preocupações da sociedade brasileira, eternamente dependente de um sistema evidentemente insuficiente para atender à demanda de uma população assediada pela criminalidade, vítima constante de bandidos, sem paz em seu próprio espaço. O cidadão brasileiro, a rigor, está totalmente desprotegido. O risco não se restringe mais a lugares específicos, situações adversas, fragilidade do aparato de segurança: as pessoas estão ameaçadas em suas próprias casas, em qualquer ponto da cidade, no trabalho, nos locais de lazer. Não há local em que se possa dizer que se está seguro, tampouco dentro de distritos policiais, que podem ser invadidos por bandidos, como já aconteceu.
Em Ribeirão Preto, a situação não é diferente e há tempos a sociedade pleiteia investimento no setor, que luta desesperadamente para dar um mínimo de seriedade ao atendimento à população, barrado por décadas de má gestão, falta de investimentos e uma estrutura extremamente falha, na qual faltam homens, qualificação, armamentos, espaço físico adequado, boa remuneração e um trabalho logístico que possa potencializar os parcos recursos disponíveis.
Em meio a isso, surge a importância de olhar com mais atenção para a Guarda Civil Municipal. A verdade é que as guardas municipais foram criadas e regulamentadas pela Constituição Federal de 1988 exatamente no vácuo de insegurança que havia. Desde sempre, o aparato de segurança pública foi acanhado e não cumpre seu pressuposto legal. Os municípios foram obrigados a investir e organizar suas forças locais para proteger seus bens, serviços e instalações; organizar, dirigir e fiscalizar o tráfego de veículos em seu território; assegurar o direito da comunidade de desfrutar ou utilizar os bens públicos, obedecidas as prescrições legais; proteger o meio ambiente e o patrimônio histórico, cultural e ecológico do município; oferecer apoio ao turista nacional e estrangeiro.
A realidade é que as guardas municipais cumprem, hoje, um papel decisivo na composição das forças policiais, complementando o que a PM há tempos já desistiu de cumprir por falta de recursos. Assim, no interesse da população vulnerável, o diálogo e entendimento deveriam preceder as ações judiciais. Caso contrário, a Polícia Militar pode colocar sua força nas ruas e mostrar suficiência para reverter as trágicas estatísticas de criminalidade que ameaçam a região.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
União contra o mal
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