Grupo organiza protesto contra a violência da GCM

Manifestantes dizem que guardas têm agredido moradores de rua

Um grupo de manifestantes está planejando um protesto, nesta quinta-feira (26), contra a violência da GCM (Guarda Civil Metropolitana). De acordo com a organização do evento, os guardas têm agredido moradores de rua. O protesto, chamado de “Deitaço”, acontecerá na praça da Sé, região central de São Paulo, a partir das 14h.




A ação vai levar pessoas bem vestidas com cobertores e pedaços de feltros, que estenderão os panos para deitar na praça. Em caso de abordagem da Guarda Civil, a organização orienta que os manifestantes contem literalmente o que estão fazendo. E caso insistam na retirada, se movimentem para outro ponto da praça.



Os manifestantes apontam que são vários os relatos de trabalhadores ou de pessoas que, passando pela região central da cidade, flagraram agentes da subprefeitura da Sé, escoltados pela Guarda Civil Municipal, agredindo os moradores de rua. Entre essas agressões, estão: arrancar objetos pessoais; acordar os moradores e obriga-los a “circular”; em dias de chuva, jogar jatos de água nos moradores e nos únicos espaços secos onde os moradores, antes, estavam se protegendo; entre outros.



Além disso, uma ação civil pública de denúncia (junto à Defensoria de São Paulo) será realizada.



Violência GCM



As denúncias de agressão a moradores de rua levaram os promotores ingressaram com uma ação para tentar impedir que a GCM de São Paulo continue trabalhando com a população de rua. E pediram indenização de R$ 20 milhões. É o que defende o promotor de Direitos Humanos Alexandre Marcos Pereira.



— O trabalho com moradores de rua exige criação de vínculo, capacidade de dialogar. Isso é trabalho de assistente social, não de polícia (...). O trabalho que a Guarda Municipal vem fazendo é de higienização.



Fonte: http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/grupo-organiza-protesto-contra-a-violencia-da-gcm-20120726.html