quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Transporte de vítima crítica, o que fazer?


Por Marcio Ribeiro/ O GCM que é Sargento do Chips.


Em patrulhamento na zona norte de São Paulo, em 11/09/2012 populares solicitaram a intervenção dos componentes da viatura 30207 (IR-Fó) na prestação de primeira resposta a uma colisão de Auto versus moto, na Avenida Itaberaba, a colisão era com um veiculo Taxi Idea e um entregador de botijão de gás, o qual teve como mecanismo de Trauma sua projeção ao solo e em seguida a moto e o botijão, prontamente estabilizado pelo motorista da viatura da GCM Ribeiro, que também é habilitado em Enfermagem até a chegada do SAMU, para seu transporte critico até o complexo hospitalar do Mandaqui, na segurança de cena permaneceu o GCM Cleiton, na coleta de dados e apresentação posterior a autoridade GCM Melo.



Veja algumas dicas para o transporte seguro de vítimas:

1 - Conheça as peculiaridades locais: rede hospitalar, condições de tráfego, bases descentralizadas,opções de transporte aeromédico, boa interação na comunicação entre central de despacho (regulação),Bombeiros/Samu ou nas cidades que possuam 192.

2 - Observe sempre os três aspectos: segurança do cenário, uso de Equipamentos de Proteção Individual e cinemática do trauma/clinico.

3 - Ao identificar um paciente critico, trate de estabilizar as funções vitais(abrir vias aéreas,manter uma boa oxigenação, conter hemorragias externas, imobilizar, monitorização) para rapidamente, decidir pelo transporte adequado.

4 - Não demore mais que dez minutos na cena. Alguns procedimentos de estabilização poderão ser adotados dentro da viatura do SAMU ou RESGATE, pela equipe durante o trajeto ao hospital de referência.

5 - Lembre-se socorrer não é *So correr*. Muitas vezes condutores desenvolvendo altas velocidades e realizando manobras arriscadas podem comprometer a segurança da missão.

6 - Em pacientes vitimas de trauma, a imobilização é um ponto crucial. A colocação correta do colar cervical, um correto entrosamento das equipes na manipulação da vitima, protegendo ao máximo a coluna vertebral, com o adequado uso da prancha rigida, faz toda a diferença na preservação de danos ao segmento raquimedular. Lembre-se que em traumas penetrantes o uso do colar cervical poderá estar dispensado.

7 - Em casos de transporte prolongado(algumas horas ou mais de um dia), considerar medidas de segurança como fixação de tubos, autonomia de reserva de oxigênio e procedimentos avançados( intubação,sedação,drenagem torácica,acesso venoso,analgesia, poderão ser requeridos sobre a orientação ou supervisão de um médico a distancia.

8 - A reavaliação constante deve ser um ponto fundamental sobretudo no que tange aos seguintes itens: Escala de Coma de Glasgow, acessos venosos, controle da hipotermia, saturação de O2. e outros procedimentos necessários.

9 - A comunicação prévia com o hospital referenciado e a devida documentação de todos os procedimentos executados são fundamentais, especialmente nos aspectos éticos-legais.

10 - Não provoque mais danos, Afinal, o destino de nossa vitima depende de quem faz a primeira resposta, Esta responsabilidade cabe a equipe que prestou o atendimento inicial a vitima.

Enviado pelo GCM 1ª Classe Ribeiro


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