Por Adriana Ferraz, Marcelo Godoy e Diego Zanchetta
O promotor de Justiça Roberto Porto, de 44 anos, é o escolhido para assumir a Secretaria Municipal de Segurança Urbana na gestão de Fernando Haddad (PT). Seu nome deve ser anunciado nesta quinta-feira (13), quando o petista espera concluir seu secretariado.
Atualmente na Corregedoria do Ministério Público Estadual, Porto fez carreira como integrante do Grupo de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), onde participou de investigações polêmicas, relacionadas, por exemplo, à atuação da máfia chinesa em São Paulo, ao crescimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos presídios paulistas e à suposta lavagem de dinheiro praticada por bispos ligados à Igreja Universal do Reino de Deus. Em 2001, foi baleado em Pinheiros, na zona oeste, em ocorrência que diz acreditar ter sido um atentado em represália ao seu trabalho no órgão.
A indicação do promotor ao cargo é a terceira articulada pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que já emplacou sua filha, Luciana Temer, como futura secretária de Assistência Social, e a médica Marianne Pinotti, no comando da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
A relação de Temer com Porto e sua família é antiga. Ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o desembargador Odir Porto, pai do futuro secretário municipal, sucedeu Temer como responsável pela Secretaria de Estado da Segurança Pública na gestão de Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1995), na época no PMDB.
Apesar da proximidade, Porto não é filiado a partido político nem mantém contato direto com Haddad. Nos próximos dias, ele pretende se inteirar das atribuições do cargo e das promessas firmadas pelo petista na campanha eleitoral. Entre os compromissos está o fortalecimento da Guarda Civil Metropolitana (GCM), com aumento de efetivo, modernização de equipamentos e formação continuada. Porto também deve estudar a possibilidade de transferir outras atribuições aos guardas-civis, como o direito de aplicar multas de trânsito e administrativas na cidade.
Na gestão petista, estima-se ainda que a secretaria ganhe mais importância, centralizando toda a fiscalização relacionada à lei do Psiu, que determina horários de fechamento de bares e restaurantes, repassando parte do serviço à Polícia Militar. A mudança viabilizaria o cumprimento de outra promessa de Haddad: a reformulação da Operação Delegada. Vereadores que devem compor a chamada "bancada da bala" em 2013 prometem defender a medida na Câmara.
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Haddad planeja anunciar nesta quinta-feira (13) os quatro nomes que restam para finalizar a composição de seu primeiro escalão. O petista deve manter o número atual de secretarias, que é de 27. Com a equipe fechada, a disputa agora será pelas subprefeituras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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A Guarda Civil quer trabalhar, só precisa de condições e valorização. Tentaram nos destruir, mas sobrevivemos! Parabéns Haddad, parabéns Porto, sejam bem vindos!
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