sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fechamento de bares

Em audiência pública realizada na última quarta-feira, no plenário do Fórum de Várzea Grande, autoridades e a sociedade em geral puderam discutir parte de um novo plano de segurança para o município.
Coube a Rodrigo Alonso Lemes, secretário Executivo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) e comandante da Guarda Municipal de Várzea Grande, apresentar o projeto “Várzea Grande Trabalhando pela Paz”, que tem como um dos objetivos diminuir a quantidade de crimes praticados por adolescentes. E um dos caminhos seria a conscientização da população e dos donos de estabelecimentos comerciais na restrição à venda de bebidas alcoólicas.
Mas a tônica do debate ficou por conta da proposta do vereador Antonio José de Oliveira, e encampada pelo GGI, para que todos os bares nos bairros mais violentos fechem suas portas a partir das 23 horas. A medida foi bem recebida por todos os órgãos (civil e militar), excetos pelos representantes dos sindicatos dos empresários e dos trabalhadores de bares, restaurantes, hotéis, lanchonetes, churrascarias e similares do estado de Mato Grosso. Eles se posicionaram terminantemente contra o fechamento e alegam que tal decisão, além de causar desemprego em alta escala, não resolveria a questão da violência, pois ela não se resume apenas a abertura ou não dos bares a partir das 23 horas. Mas elogiam no geral a ação do GGI que tentar dar segurança à população.
Mas nem tudo está perdido. O secretário executivo do GGI, e também comandante da Guarda Municipal, Rodrigo Alonso Lemes, deixou bem claro que respeitando e sabendo da importância do diálogo, o projeto estava sendo apresentado justamente para discussão e adequação. E explicou, veementemente, que tal ação não se tratava de nenhuma lei-seca.
E nesta “deixa” o sindicato que representa os garçons sugere uma mudança tanto na apresentação como na execução do projeto. Que ao invés de impedir sua atividade a partir das 23 horas, porque não trabalhar para fechar todos aqueles bares, restaurante e lanchonetes que estão na clandestinidade? Estes sim são os que fomentam barulho, brigas e até crimes. Não seria justo punir todos pela atitude de alguns que realmente não cumprem a lei. Vamos atacar o mal pela raiz. Punir quem realmente merece. Chega de “paliativismo”. Guardadas as devidas proporções e situações, no Rio de Janeiro, por incapacidade do Governo, ao invés de se enfrentar o problema na raiz, resolveram trocar os “comandos” nas favelas, tirando-os das mãos dos traficantes e passando-os às milícias. Agora se combate traficantes e milicianos. Coisa de Brasil!
ROSIVALDO SENNA é editor de Nacional, Internacional e Veículos do Diário
rsenna@diariodecuiaba.com.br
Retirado de: http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=360304

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