Aumentou --e muito-- o número de moradores de rua em São Paulo.
Conforme o Agora adiantou ontem, um novo censo da prefeitura vai mostrar o drama com números fortes: do ano de 2000 para cá, a população de sem-teto passou de 8.700 para 13.000 na maior capital brasileira.
É muita gente. É uma pequena cidade vivendo na rua. Diversos municípios do Estado têm população equivalente a essa.
Para piorar, os albergues estão longe de ter capacidade para abrigar essas pessoas. Até recentemente eram 8.000 vagas, mas um deles foi fechado, e a oferta caiu para 7.000.
É estranho o aumento da população de rua num período em que a economia tem apresentado desempenho melhor. O problema pode estar relacionado ao aumento de consumo de drogas como álcool ou crack. Alguns especialistas também apontam falhas em políticas sociais.
A maior quantidade de gente morando em via pública também se faz sentir em bairros que anteriormente conviviam menos com o problema. São os casos de Higienópolis e do Pacaembu, para onde vão algumas das pessoas reprimidas por operações policiais no centro.
Os números do censo não deixam dúvidas: o que antes era apenas uma impressão de quem circulava por determinadas áreas da cidade, agora é certeza. A situação mudou para pior.
Em vez de fechar albergue e fazer vista grossa, a prefeitura deveria usar o censo como ponto de partida para identificar as causas dessa piora e combatê-las.
fonte: http://www.agora.uol.com.br/editorial/ult10112u700911.shtml
Enviado por CD Pereira
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