Meteorologista do Climatempo afirma que fenômeno pode voltar à região devido à oscilação de temperatura durante o verão
Robson Moura
Agência BOM DIA
Guardas municipais de Jundiaí procuram rastros deixados pelo tornado que passou pela região no início da noite de sábado.
Segundo o inspetor da GM Paulo Vicente Soares, o redemoinho não deve ter causado estragos. “Vamos tentar encontrar algo, mas foi menor do que o que passou em 2005”, disse. Na época o tornado que veio de Indaiatuba devastou um trecho da Serra do Japi.
Conforme o meteorologista do Climatempo André Madeira, outros tornados podem atingir a cidade devido à oscilação de temperatura durante o verão.
Após a divulgação exclusiva da imagem do tornado no BOM DIA, feita pelo médico Jamil Mourad, outras pessoas procuraram o jornal e enviaram depoimentos e vídeos que comprovam o fenômeno.
Na terça-feira, Jamil recebeu ligações de amigos. “Perguntaram se eu era um caçador de tornados”, brinca. Ele também teve o nome reconhecido por uma frentista.
As imagens e vídeos chegaram à internet e estão disponíveis no site Youtube e podem ser vistas aqui no portal BOM DIA.
“Quando fui à sacada do meu apartamento, vi o tornado se formando”, afirma um homem que não quis se identificar. Ele mora em local privilegiado de Jundiaí e do prédio é possível enxergar a região. “Vi exatamente o funil se alongando em direção ao solo.”
A professora de educação física Viviane Trevisan, 28 anos, seguia para um casamento em Várzea Paulista quando foi surpreendida pelo redemoinho. “Primeiro achei que fosse fumaça.”
Viviane fez a filmagem pelo aparelho celular. “Ele passou pela Serra do Mursa em Várzea”, disse a professora. “Achei que esse tipo de fenômeno acontecesse apenas na Europa e Estados Unidos.”
Redemoinho de 1991 deixa mortos
Segundo o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas), o fenômeno raro ocorre anualmente na faixa entre Jundiaí e Presidente Prudente.
Em 30 de setembro de 1991, o pior desses tornados aconteceu em Itu e Jundiaí, na faixa de 20 km entre a Serra do Japi e a rodovia do Açúcar.
Uma faixa de 100 a 200 metros de largura teve destruídas casas, áreas agrícolas e torres de transmissão, além de 15 mortes estimadas.
Esse foi o mais intenso dos tornados registrados, com ventos que chegaram a 350 km/h.
A média anual passou de dois para cinco tornados. Mas a temporada geralmente começa em janeiro. (José Arnaldo de Oliveira)
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